Agora, depois de vários jornalistas terem avançado com essa prática ilegal à luz da Lei Internacional, como são os assassínios deliberados de jornalistas, Israel acaba de admitir esse tipo de prática, embora sublinhe que os "assassinatos selectivos" se restringem a membros do Hamas.

Até ao momento foram mortos perto de 150 jornalistas, cifra reconhecida por diversas organizações internacionais, e mais de 100 funcionários da ONU, especialmente da agência das Nações Unidas para os Refugiados, a UNRWA, como esta já divulgou.

É igualmente verdade que Israel considera a maior parte dos jornalistas palestinianos em Gaza como membros ou próximos do Hamas, o movimento islâmico que gere Gaza desde 2006 e foi responsável, através do seu braço-armado, as Brigadas Al Qassem, pelo assalto ao sul de Israel a 07 de Outubro, deixando ali um rasto de 1.200 mortes e 2.000 feridos.

Como avança a Lusa, Israel confirmou esta quinta-feira, 15, ter realizado uma série de "assassinatos selectivos" de membros do movimento islamita.

De acordo com o Exército, "durante os últimos dias" foram "planeados e executados" vários "assassinatos selectivos" em Gaza, especificando que, na quarta-feira, foram "eliminados cerca de 15 terroristas do Hamas", incluindo um membro da ala de segurança do grupo e "terroristas que participaram nos ataques de 07 de outubro".

Segundo as informações militares os aviões de combate da Força Aérea de Israel atacaram vários pontos em Gaza na quinta-feira "em apoio às forças terrestres" e que "foram destruídas numerosas infra estruturas subterrâneas, "bem como edifícios e posições da organização terrorista Hamas".

O Exército israelita sublinhou ainda que durante as últimas 24 horas foram efectuados ataques contra o centro da Faixa de Gaza em que morreram "um comandante" do Hamas e "um esquadrão terrorista" foi eliminado num ataque de um navio da marinha de Israel.

Por outro lado, as Forças de Defesa de Israel referiram-se também a "novos combates na cidade de Khan Yunis", no sul do território, um dos pontos mais afectados pelos confrontos das últimas semanas.

O Exército israelita lançou a ofensiva contra Gaza na sequência dos atentados do Hamas de 7 de outubro de 2023, que fizeram 1.200 mortos e 240 feridos.

Segundo as autoridades palestinianas 28.500 pessoas morreram na sequência da retaliação israelita em Gaza.