Os primeiros projectos de inteligência artificial começaram na década de 50 no século passado e aos poucos foi tomando conta do mundo que está conectado por bytes, resultando em automação de tarefas humanas, no reforço da segurança cibernética, no surgimento do metaverso, na comunicação entre humanos e máquinas, só para citar alguns exemplos.
Criar máquinas e sistemas capazes de aprender, raciocinar e resolver problemas é um passo importante e tem tido muitas aplicações em diversas áreas, como saúde, educação, segurança, entretenimento e indústria. Esta inovação tecnológica, como tudo na vida, tem vantagens e desvantagens. Algumas vantagens da inteligência artificial incluem a sua capacidade para aumentar a produtividade e a eficiência de processos que dependem de dados e análises, pode contribuir para o avanço do conhecimento humano, descobrindo novas informações e soluções, e pode reduzir erros humanos, custos e riscos em actividades complexas ou perigosas.
Mas há o outro lado da moeda. Não da criptomoeda pois esta não tem faces: nem cara, nem coroa. Algumas desvantagens da inteligência artificial incluem o facto de a automação poder gerar desemprego, desigualdade e exclusão social, se não for regulada e distribuída de forma justa. Pode ainda afectar a privacidade, a segurança e a ética das pessoas, se não for usada com responsabilidade e transparência, e daí precisar de regulamentação adequada. A inteligência artificial pode ainda causar dependência, alienação e perda de habilidades humanas, se não for equilibrada com o contacto social e o pensamento crítico. As habilidades do "chat GPT" já estão a complicar a vida de professores que não estão a conseguir descortinar o que é trabalho original e criativo do aluno e o que é trabalho preciso e directo da máquina.
A interacção entre os seres humanos e as máquinas também estão a ser cultivadas e por vezes com resultados não desejáveis, pois a inteligência artificial se socorre de uma infindável fonte de dados para responder aos pedidos e curiosidades dos humanos, havendo ainda o receio de nos poder controlar ou manipular.
Imagine dar seguinte instrução ao seu telefone "por favor, ligue ao meu filho Carlos Alberto" e receber a seguinte informação "ligando ao Carlos Alberto, todavia informo que, com base nas vossas análises de sangue e testes de sangue, Carlos Alberto não é seu filho. Analisando o período de ovulação da sua esposa, a data em que ficou concebida e a sua cronologia de movimentos, é possível confirmar que o senhor não esteve presente no acto de concepção de Carlos Alberto. Analisando as câmaras de videovigilância da sua casa e as impressões digitais da campainha de sua casa, há 97% de probabilidades de o pai de Carlos Alberto ser o vizinho do terceiro direito. Quer mais alguma informação?"
Para já, há ainda uma grande diferença entre as máquinas e os seres humanos. As máquinas não têm sentimentos e não são cientes. Se fosse o caso, a máquina não teria revelado a infidelidade da esposa.
Sorriso Crónico: Inteligência artificial
Este ano foram dados os primeiros passos para soltar a inteligência artificial (IA), uma tecnologia que permite que máquinas e sistemas realizem tarefas que normalmente exigiriam inteligência humana, como traduzir idiomas, jogar xadrez, reconhecer rostos ou ainda executar rapidamente certas tarefas que demandam milhões de informações que os seres humanos, mesmo com os seus bilhões de neurónios, não conseguem executar com a mesma rapidez e eficiência.


