Com a deflagração e rápida propagação do Coronavírus no mundo a única certeza que se tem é que todos devemos isola-nos uns dos outros e, as autoridades mundias de saúde desdobram-se em explicações à todos os níveis na tentativa de conter a propagação e mitigar os efeitos.

As fronteiras começam a fechar-se e os países tem em si e no seu povo a sua única prioridade.

Os conflitos na Síria, Iraque, Líbia, Afeganistão que todos os dias estampavam os nossos jornais e nos faziam temer o pior hoje perderam relevância.

Os milhares de refugiados que todos os dias tentam invadir as fronteiras europeias representam um perigo ainda maior.

Já não é o terrorismo o nosso maior inimigo.

Temos um inimigo invisível que concentra todas as nossas atenções e nos obriga a repensar o mundo.

Enquanto o mundo se debate com a sua mais nova ameaça, medidas legais estão a ser usadas para subverter restrições constitucionais e manter os líderes políticos no poder.

Depois de Xi Jin Ping na China, Vladimir Putin integra a lista que já tem o nosso Ruanda de Paul Kagamé à cabeça em África.

O Presidente Russo Vladimir Putin lidera actualmente um processo que visa permitir que permaneça no poder depois do término do seu mandato em 2024.

A proposta de emenda, sugere que seja zerada a contagem de mandatos presidenciais permitindo que Putin, de 67 anos de idade, possa disputar as presidenciais Russas em 2020.

Que impacto terá esta mudança no mundo? E nos países Africanos que têm na China e na Rússia aliados incontestáveis e com importantes laços históricos?

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*É moçambicana, formada em Relações Internacionais e Diplomacia (ISRI-Moçambique). Mestre em Estudos Sociais e Políticos da América Latina (Universidade Alberto Hurtado-Chile), com Pós-graduação em Estudos Diplomáticos (Academia Diplomática Andrés Bello-Chile). É, desde 2014, Pesquisadora no Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, a Divisão de Pesquisa da Universidade Joaquim Chisssano (ex. ISRI). É, também, docente das cadeiras de Carreira Diplomática e Sistemas Políticos Comparados, na Universidade São Tomás de Moçambique, e Estudos da SADC na Universidade Joaquim Chissano.