A primeira fase da greve que hoje arrancou conta com o apoio de professores, médicos e funcionários da Justiça, os únicos que cruzaram os braços.

O "Bloco Democrático repudia a falta de abertura e de sentido de diálogo institucional do Executivo angolano", sublinhando que a formação política tem estado a acompanhar com preocupação a evolução crítica da inflação que se tem registado em Angola nos últimos anos, tendo-se agravado ainda mais nos últimos 15 meses, com a subida descontrolada dos preços dos produtos e serviços.

Segundo o BD, as instituições do Estado só são democráticas e progressistas se garantirem a defesa das reivindicações das associações sindicais, a estabilidade do emprego e o aumento específico e justo do salário mínimo nacional.

"Visando conquistar esse Estado Democrático de Direito, o Bloco Democrático junta-se à iniciativa promovida pelos sindicatos e trabalhadores.", diz o BD, que defende ainda "a liberdade sindical, a justiça social, a valorização das condições de trabalho, a protecção contra o desemprego, o salário compatível com o poder de negociação entre capital e trabalho".

A greve está previsto decorrer em três fases, com um primeiro período de três dias entre 20 e 22 de Março, um segundo entre 22 e 30 de Abril e um terceiro período de 03 a 14 de Junho de 2024.

A Força Sindical, União Nacional dos Trabalhadores de Angola -- Confederação Sindical (UNTA-CS) e a Central Geral de Sindicatos Independentes e Livres de Angola (CGSILA) são as três centrais sindicais que convocaram greve geral.