Os Governos de Angola e de Portugal "têm a responsabilidade de traçar políticas que garantam uma cooperação sólida em variados domínios e o estreitamento dos laços de amizade e de cooperação económica", disse João Lourenço, lembrando que estamos perante uma relação estabelecida entre dois Estados independentes e soberanos.

"Encorajo, pois, a mantermos uma linha de diálogo permanente entre nós", exortou o Presidente da República, abrindo as portas ao reforço do investimento português em Angola.

"Vemos com bons olhos a implantação de pequenas e médias empresas portuguesas no mercado angolano, dentro de uma lógica em que se estabeleçam no nosso país para produzir riqueza que resulte em benefícios importantes para ambos", sublinhou o também Chefe do Executivo.

"Do nosso lado, estamos a fazer uma aposta decidida na criação de um ambiente de negócios seguro e atractivo, no âmbito do qual os investidores deixam de se confrontar com obstruções resultantes de procedimentos exageradamente burocráticos para estabelecerem uma empresa ou negócio em Angola", salientou João Lourenço.

Para além de assinalar os esforços do Governo para captar mais investimento estrangeiro, o Presidente da República apelou ao contributo do Executivo luso para sensibilizar a sua classe empresarial, "criando-lhes facilidades por via de linhas de crédito que os ajudariam a realizar negócios em Angola".

O Chefe de Estado alertou, no entanto, para a necessidade de salvaguardar que as relações bilaterais saiam "continuamente robustecidas", de modo a vencer as "visões pessimistas" que, volta e meia, se tentam impor.

Nesse sentido, João Lourenço defende que "prevaleçam sempre o bom senso, pragmatismo e sentido de Estado" nas relações entre os dois Estados.