Assistiu-se a uma cena, no início desta semana, em que populares capturaram duas uma tartarugas-de-couro na Barra do Dande.

Um dos animais deu à costa marítima daquela região do Bengo, na intenção de desovar, mas o destino deste exemplar, entre as espécies que habitam na costa angolana, foi a morte sem que pudesse ser dado o devido destino aos seus ovos.

Após ter sido esquartejada viva, a carne dividida entre as pessoas que fizeram o "trabalho" serviu para consumo dos referidos predadores, que não tiveram algum receio das autoridades locais.

As denúncias, que tiveram como recurso às redes sociais, não tardaram, ao contrário da penalização que não passa de uma multa.

"Antes disso, havia a necessidade de serem localizadas as pessoas que praticaram a acção. E tenho certeza que elas já não vão aparecer", afirma um dos agentes da Polícia Fronteiriça, destacado num posto existente naquela zona do litoral Norte.

As pessoas questionadas dizem nada saber e fogem fazer qualquer outra declaração.

A única certeza é que menos duas tartarugas estão nas estatísticas.

Ainda na barra do Dande, um dos jovens explicou que é na época chuvosa que muitos daqueles animais chegam à costa.

Uns, com alguma sorte, param em boas mãos enquanto outros têm o pior dos fins que qualquer ser vivo teme.

As populações que vivem à beira-mar, diz outro morador do Dande, têm noção de que aquele animal é importante para o ciclo da vida e para a biodiversidade mas, acrescenta, negligenciam a proibição da captura e abate.

"Aproveitam a carne e muitas vezes deitam fora a carapaça", revela Suzano Mavuidi.

O entrevistado deixou claro que o grau de dificuldade em localizar quem pratica tal acto é grande, e reconhece que a Polícia, de vez em quando, tem feito alguma coisa.

Na tarde do dia 10 de Outubro,uma tartaruga foi encontrada pela população, na praia do mercado Mundial, município de Cacuaco, e capturada com o fim de ser abatida, mas o alerta dado as autoridades permitiu a um grupo de jovens devolver o animal ao seu habitat.

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