Na primeira greve em fase de concurso público internacional para concessão de serviços na empresa, trabalhadores do Caminho-de-Ferro de Benguela (CFB) observam, ha já 24 horas, uma greve de seis dias convocada para forçar, principalmente, aumentos salariais em 50% e uma cesta básica mensal, dois pontos de um caderno reivindicativo que continua a gerar divergências.

O Conselho de Administração, numa conferência de imprensa realizada quarta-feira, um dia antes do início da paralisação, refere que a maior parte das reivindicações está solucionada, mas a Comissão Sindical levanta dúvidas, questionando, a título de exemplo, as condições de trabalho e a não-reinserção de trabalhadores expulsos por alegada negligência em acidentes ferroviários.

O líder da Comissão Sindical de uma empresa que integra o maior corredor económico do País, Leonardo Saculembe, considera que, mesmo "ignorando" as condições laborais e o dilema dos colegas expulsos, não se aceita que a direcção arraste a questão dos salários e a cesta básica.

"Pedimos, no que toca aos salários, 25% agora em 2021 e 25% no próximo ano", resume o sindicalista, pouco antes de ter assegurado que os serviços mínimos serão de dois comboios diários, um entre Benguela e Lobito e outro entre as províncias do Bié e do Moxico.

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