Raveeroj Rithchoteanan, Monthita Pribwai, Theera Buapeng e Manin Wanitchanon, acusados pelo Ministério Público de Angola de quatro crimes no âmbito da investigação sobre a tentativa de burla contra o Estado através de uma linha de crédito de 50 mil milhões de dólares, estão detidos em Luanda desde o passado mês de Fevereiro, circunstância que levou os seus familiares a requerer uma intervenção do primeiro-ministro da Tailândia, Prayut Chan-ocha.

A informação é avançada pelo jornal Bangkok Post, que dá conta da preocupação dos parentes dos quatro cidadãos tailandeses, acusados pelo Ministério Público de Angola de associação criminosa, fabrico e falsificação de títulos de crédito, falsificação de documentos e uso de documento falso e burla por defraudação na forma frustrada.

Segundo essa publicação de Banguecoque, para além de solicitarem apoio legal ao primeiro-ministro da Tailândia, os requerentes reclamam um intérprete, lembrando que os detidos não falam português, o que dificulta a construção de uma defesa, incluindo o pedido para aguardarem o julgamento em liberdade.

Ainda de acordo com a mesma fonte, a representante dos familiares dos quatro detidos junto das autoridades tailandesas justifica o apelo à intervenção do primeiro-ministro com o facto de não existir um canal diplomático que possa ser accionado.

"Os familiares não conseguem contactar com as autoridades angolanas porque Angola e Tailândia não têm relações a nível consular ou de embaixada", lê-se no Bangkok Post.