Kiesse João, de 41 anos, terceiro sub-chefe da Polícia Nacional (PN), colocado na Unidade de Protecção de Individualidades Protocolares (UPIP), foi assassinado na via pública, quando saía de casa para o local de trabalho.

Segundo soube o NJONline de fonte do Serviço de Investigação Criminal (SIC) Luanda, ainda não há registo de nenhum detido e o móbil do crime só será descoberto após a detenção dos assassinos.

De acordo com testemunhas contactadas pelo NJOnline, que assistiram ao "filme" dos acontecimentos, ao início da manhã de quinta-feira,5, cerca das 5:00, perto da esquadra da Polícia Nacional do Calemba II, o chefe da escolta do deputado foi interpelado por dois elementos encapuçados, a bordo de uma motorizada, que assim que tiveram contacto com a vítima efectuaram dois disparos fatais e puseram-se em fuga.

Ao NJOnline, Nelito Ekuikui, deputado da União Nacional para a Independência Total de Angola, disse que Kiesse João, quando foi assassinado, estava a caminho do local de trabalho onde devia render seu colega que se encontrava em serviço.

"Trabalhei com este homem mais de dois anos, sempre foi dedicado ao trabalho, nunca notei algo de anormal da parte dele. Esta morte é muito estranha porque os assassinos não levaram nada... se o objectivo era o assalto, deviam levar todos os pertences da vítima", disse, acrescentando que após a execução, os meliantes não levaram os telemóveis nem o dinheiro que a vítima transportava no interior da sua carteira.

"Para já, descarto a possibilidade de ser um ajuste de contas, ele (a vítima) era um companheiro muito chegado a mim", conta, acusando a Polícia Nacional de tentar remeter o caso ao silêncio.

"Não sei porque que é que a Polícia Nacional está a remeter este caso ao silêncio, o João foi assassinado ontem e ainda não vi nenhum pronunciamento da corporação, isto é lamentável", lamentou.

Já o director do gabinete de comunicação institucional do Comando Provincial de Luanda da Polícia Nacional, intendente Hermenegildo de Brito, contactado pelo NJOnline, disse que a corporação tomou conhecimento desta tragédia e que as diligências estão a ser desencadeadas para localizar e posteriormente deter os homicidas.

"Tomámos contacto com esta ocorrência por volta das 7:00 da manhã desta quinta-feira, e já estão a ser feitas diligências para localização e detenção dos elementos que assassinaram o nosso efectivo", garantiu o oficial.