De acordo com o director do gabinete de comunicação institucional e imprensa do Ministério do Interior, sub-comissário Waldemar José, no período entre 31 de Dezembro de 2019 e 5 de Janeiro de 2020 , o CISP registou mais de 76 mil chamadas, das quais mais de 72 mil eram falsas.

"Compreendemos que o cidadão tenha a curiosidade de colocar à prova o terminal de emergência 111, mas há situações que são reprováveis, pois há cidadãos que, para além de colocarem à prova o funcionamento do sistema, inventam falsas ocorrências", revelou, lembrando que por causa das falsas emergências a Polícia Nacional mobiliza os poucos recursos que possui para se deslocar a locais onde não existe nenhuma ocorrência.

"Isso é bastante triste, há quem possa estar a precisar de ajuda, no momento em que os nossos efectivos estão a ir estender a mão onde não existe absolutamente nada", referiu.

O responsável salientou que as pessoas que insistirem em fazer chamadas falsas vão ser responsabilizadas criminalmente.

"E aqui queríamos lançar um repto e um apelo à população, porque dessas 76 mil chamadas só duas mil tinham um propósito de emergência. Esta situação congestiona o sistema, as pessoas que assim procederem vão ser responsabilizadas criminalmente", avisou o sub-comissário, revelando que o sistema tem a capacidade de identificar as chamadas e o local onde o indivíduo que fez a chamada se encontra.

A par da unidade central, instalada na Av. Hochi Minh, o projecto inclui 16 centros provinciais que estão ainda em construção.

A infra-estrutura da na Av. Hochi Minh, erguida numa área de cerca de oito mil metros quadrados, está equipada com uma sala de vídeo-vigilância, uma de atendimento ao despacho, centro de comando de respostas rápidas, laboratório, entre outros meios tecnológicos.

Asseguram o funcionamento do centro 45 oficiais especializados na área de gestão e ciências, formados na China. Foram igualmente formados, em Angola, 103 efectivos na especialidade de "GPS", circuito fechado de televisão e gestão de atendimento ao público.

A formação teórica e prática desses especialistas incluiu ainda a recolha de dados, análises criminais, operações e manutenção de hardware e software, entre outros.

As autoridades esperam que o CISP ajude os órgãos policiais, de trânsito, bombeiros, e emergências médicas a darem uma resposta mais eficiente à manutenção e preservação da ordem pública e de situações de sinistralidade.