Os serviços prestados pela clínica "Internacional", que transformou uma enfermaria numa clínica privada, e que fazia ainda a gestão do banco de consultas externas e de uma farmácia, no interior do hospital público, "serão, a partir de Fevereiro, dados como terminados, por violarem as normas do regulamento do Ministério de tutela", afirmou António Manuel Cabinda, que informou que a Direcção Provincial de Benguela da Saúde iniciou, em Janeiro, o processo que põe fim à privatização de unidades de Saúde dentro do Hospital Geral de Benguela e "de outras que eventualmente possam ser descobertas, à luz do processo de diagnóstico da situação do sector desencadeado desde Dezembro de 2017".

O responsável provincial da saúde disse ainda, em declarações à Angop, que o sector vai adoptar novas políticas nessas unidades, "que devem estar voltadas essencialmente para os utentes mais carenciados, uma vez que os hospitais públicos devem prosseguir fins públicos, fortalecendo o sistema de saúde, e assegurando, deste modo, melhor assistência médica à população".

O Novo Jornal Online trouxe a público, em Outubro de 2017, outro caso de privatização de serviços no interior de um hospital público, e dava conta de uma sala de operações existente no Hospital central do Lubango, para atender quem possa pagar 7.000 kwanzas por noite (o doente adianta logo o valor de três noites), mais o valor da cirurgia, que pode ascender aos 150 mil kwanzas.