O secretário de Estado para a Saúde Pública, na actualização diária relativa à Covid-19 em Angola, especificou ainda que os novos casos foram assinalados na Maianga, Belas, Samba, Talatona e Ingombota.

Franco Mufinda explicou que 15 destes casos são de pacientes do sexo feminino e nove do sexo masculino, com idades entre os 10 e os 69 anos.

Sobre as duas mortes ocorridas nas últimas 24 horas, Franco Mufinda informou que o primeiro caso, um homem de 67 anos, esteve internado em estado grave na Clínica Girassol e sofria de outras patologias. O segundo, um homem de 54 anos, era diabético e teve passagem pelo Hospital Militar.

Com a soma dos 24 casos nas últimas 24 horas, Angola passa a ter 315 infecções confirmadas, 17 mortes, 97 recuperados e 201 activos.

O vírus, o que é e o que fazer, sintomas

Estes vírus pertencem a uma família viral específica, a Coronaviridae, conhecida desde os anos de 1960, e afecta tanto humanos como animais, tendo sido responsável por duas pandemias de elevada gravidade, como a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS), transmitida de dromedários para humanos, e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), transmitida de felinos para humanos, com início na China.

Inicialmente, esta doença era apenas transmitida de animais para humanos mas, com os vários surtos, alguns de pequena escala, este quadro evoluiu para um em que a transmissão ocorre de humano para humano, o que faz deste vírus muito mais perigoso, sendo um espirro, gotas de saliva, por mais minúsculas que sejam, ou tosse de indivíduos infectados o suficiente para uma contaminação.

Os sintomas associados a esta doença passam por febres altas, dificuldades em respirar, tosse, dores de garganta, o que faz deste quadro muito similar ao de uma gripe comum, podendo, no entanto, evoluir para formas graves de pneumonia e, nalguns casos, letais, especialmente em idosos, pessoas com o sistema imunitário fragilizado, doentes crónicos, etc.

O período de incubação médio é de 14 dias e durante o qual o vírus, ao contrário do que sucedeu com os outros surtos, tem a capacidade de transmissão durante a incubação, quando os indivíduos não apresentam sintomas, logo de mais complexo controlo.

A melhor forma de evitar este vírus, segundo os especialistas é não frequentar áreas de risco com muitas pessoas, não ir para espaços fechados e sem ventilação, usar máscara sanitária, lavar com frequência as mãos com desinfectante adequado, ou sabão, cobrir a boca e o nariz quando espirrar ou tossir, evitar o contacto com pessoas suspeitas de estarem infectadas.