O secretário de Estado para a Saúde Pública, Franco Mufinda, afirmou, quandoa iniciativa já decorria, que os taxistas estão a ser testados no âmbito do programa de realização de testes a grupos vulneráveis.
A Comissão Multissectorial prevê testar perto de cinco mil taxistas e cobradores durante o decorrer desta semana.
Nas primeiras horas, no Marco Histórico 4 de Fevereiro, no município do Cazenga, e no largo junto às bombas de combustível da Sonangol, em Cacuaco, os homens dos azuis e brancos da província de Luanda começaram a ser testados, como constatou o Novo Jornal no local.
Apesar de não se ter registado uma grande adesão de taxistas no Marco Histórico do Cazenga, como se esperava, os trabalhos começaram pontualmente às 08:00 e o secretário de Estado para a Saúde Pública, Franco Mufinda, disse que a escolha da segunda-feira foi para não prejudicar economicamente os taxistas.
"Esperamos que haja mais adesão por parte dos taxistas, porque, por serem serem um grupo vulnerável e porque temos conhecimento que o seu número é acima dos 30 mil, só em Luanda. Pretendemos ter uma fotografia daquilo que esta a acontecer na nossa população", disse o governante.
De acordo com Franco Mufinda, o Ministério da Saúde tem capacidade técnica e humana para realizar cerca de três mil testes por dia e que brevemente outros grupos de risco na província de Luanda, o epicentro da pandemia, serão submetidos aos testes rápidos serológicos.
O secretário de Estado para a Saúde Pública disse ainda que nos próximos dias a província de Luanda terá capacidade para aumentar o número de testes à população.
"Vamos aumentar nos próximos dias a capacidade de testagem na provincial de Luanda, que será de seis mil testes por dia para se ter uma ideia real da Covid-19, na nossa população", referiu.
Já Francisco Paciente, presidente Associação Nova Aliança Dos Taxistas De Angola (ANATA), lamentou o facto de se ter no primeiro dia dos testes uma fraca adesão por parte dos taxistas, por falha na comunicação, mas frisou que isto será ultrapassada nos próximos dias, uma vez que os taxistas estão organizados pelas denominadas "staff", uma espécie de clubes delimitados por áreas geográficas dentro da cidade..
Alguns taxistas que realizaram os testes no Marco Histórico do Cazenga, e cujos resultados foram negativos, disseram ao Novo Jornal que estavam também preocupados em saber qual é o estado serológico da classe, uma vez que estão em permanente contacto com as populações.
O grupo de trabalho que realiza a testagem em massa dos taxistas e cobradores na província de Luanda, não revelou à imprensa o número de casos reactivos (positivo) detectados nas primeiras horas.