O inquérito aberto no mês passado pelo Ministério do Interior (MININT) e pela Procuradoria-Geral da República (PGR), para averiguar as circunstâncias da morte de Sílvio Dala, ocorrida a 1 de Setembro, numa esquadra policial, conclui que o médico foi vítima de um enfarte, apurou o Novo Jornal junto de uma fonte ligada ao processo.

"Foi uma morte natural. O médico teve enfarte, caiu e bateu com a cabeça, mas o ferimento não foi suficiente para causar a morte", detalha a fonte ao descrever o resultado da autopsia.

O interlocutor explica que exames ao coração mostram que Sílvio Dala sofreu um ataque do miocárdio.

"Há fotos do coração em que se pode ver que as veias do coração e outros os órgãos internos estavam todos comprimidos".

De acordo com a fonte, o inquérito foi feito durante mais de 30 dias e foram ouvidos como declarantes testemunhas policiais que estiveram em serviço na Esquadra dos Calotes, no Rocha Pinto, em Luanda, onde ocorreu o incidente, e familiares da vítima. O NJ sabe que o inquérito foi concluído há mais de uma semana e será tornado público nos próximos dias.

Sílvio Dala, de 35 anos, pediatra, morreu a 1 de Setembro, na sequência da detenção numa esquadra policial, para onde foi levado por conduzir sozinho sem máscara facial. Segundo a Polícia, o médico foi levado para a esquadra para que fossem cumpridas as formalidades, nomeadamente: o levantamento do auto de notícia para posterior pagamento da multa. A interpelação foi feita no âmbito do decreto que determina as medidas da Situação de Calamidade, devido à Covid-19, que obrigava os automobilistas a usarem máscaras faciais mesmo sozinhos dentro da viatura.

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