"Nestes últimos meses solicitámos, através de vários requerimentos, informações aos tribunais portugueses e angolanos sobre os processos. Muitos destes pedidos de informação não foram atendidos nem respondidos pelos tribunais. E temos colaborado com todos processos judiciais em curso", publicou a empresária.

"Até à data e do nosso conhecimento, existem em Portugal vários processos em fase de inquérito, não foram feitas notificações a pessoas individuais, e não houve outros desenvolvimentos processuais. A Eng Isabel dos Santos nunca foi notificada, nem chamada a comparecer, nem constituída arguida. Mais ainda, não conseguiu sequer, que o juiz que decretou o arresto do seu património em Portugal, passados mais de um mês, admitisse o seu pedido de recurso para o tribunal superior", continua o texto.

Mais à frente, pode ler-se que a "senhora Engenheira Isabel dos Santos, apesar de estar representada em Portugal e Angola por advogados que já se dirigiram a ambas as justiças a manifestar toda a disponibilidade de colaboração, até à data de hoje não recebeu qualquer solicitação em concreto".

Isabel dos Santos, que se queixa de "uma persistente e injustificável obstrução ao exercício dos seus direitos legais de defesa, como sucede no processo de arresto n.º 3301/2019-C em Angola", volta a afirmar que o processo judicial foi "assente em documentos usados pelo Ministério Público de Angola que são falsos e/ou grosseiramente forjados".

" Agora, a juíza Hernezilda, ao arrepio da lei e num exercício autocrático da função, impede os advogados da Senhora Engenheira Isabel de Santos em Angola de apresentarem, nos termos da lei e em prazo, os embargos a tal arresto", lamenta ainda a empresária.

Sobre a Matter, lê-se no texto publicado pela filha do ex-Presidente angolano, "é do domínio público que se tratou de uma operação técnica de prestação de serviços de consultoria e reestruturação da Sonangol, que envolveu inúmeros prestadores de serviços".

"Entre eles, destaca-se a Vieira de Almeida Advogados, PricewaterhouseCoopers, a Boston Consulting Group e a McKinsey, empresas de renome e atuação internacional, que, a par com outros prestadores de serviços, viram legítima e legalmente pagos os seus honorários por parte da Matter, no valor de mais de 90 milhões de euros, após esta ter recebido, nos termos da lei, o respectivo pagamento da Sonangol", continua o texto.

segundo Isabel dos Santos, "até hoje ainda não houve qualquer oportunidade de poder prestar esclarecimentos junto dos órgãos judiciais de Portugal e de Angola, já que os mesmos não serão provados por meras opiniões ou especulações, mas sim em contratos, relatórios e outros documentos que de forma irrefutável contrariarão a campanha difamatória e especulativa em curso".