O autor confesso do crime de homicídio, que aconteceu na província da Huíla, não tem registo policial antecedente, e, tal como a sua tia, é camponês. Assumiu ter matado a tia e enterrado o corpo carbonizado num terreno baldio (na foto).

Segundo o intendente Carlos Alberto, porta-voz da PN na Huíla, o crime foi registado no dia 30 de Julho, cerca das 23:00, no município Kuvango, comuna de Galengue, na localidade de Lingombe, mas a detenção do rapaz aconteceu nesta terça-feira, 7, através de uma denúncia anónima.

"O jovem contou em detalhe, durante os interrogatórios, e com frieza, como matou a tia e não mostrou qualquer arrependimento, tendo mesmo dito que gostou de matar a tia por ser uma feiticeira", conta o oficial, explicando que a corporação nunca suspeitou do jovem pelo facto de o acusado cometer o crime na calada da noite e por nunca levantar suspeitas.

Carlos Alberto salientou que o jovem relatou em detalhe para a polícia como cometeu o crime e mostrou o lugar onde enterrou a tia (na foto).

"Ele contou que chegou a casa da tia com um bidon de gasolina, notou que existia um silêncio total no município pela falta de energia eléctrica, e naquela noite a tia já estava a dormir. Despejou a gasolina por toda casa de construção feita de pau a pique, causando-lhe a morte", reconstituiu.

"Pelo facto de ser uma habitação rústica, não restou nada para além das cinzas, o jovem destruiu tudo para não facilitar o trabalho da perícia", afirmou, sublinhando que o jovem será hoje presente ao Ministério Público (MP) para legalização da prisão.