Este gestor, português, próximo de Isabel dos Santos, que foi um dos quatro colaboradores da empresária que com ela foram constituídos arguídos em Angola, tinha sido encontrado na semana passada em estado crítico, numa sua casa de família, em Vila Nova de Mil Fontes, Alentejo, por uma sua empregada, com sinais de tentativa de suicídio.

A Polícia Judiciária, segundo a TVI, na altura, admitiu três cenários, incluindo uma tentativa de homicídio dissimulada em suicídio.

No entanto, o próprio, acabou por revelar que estava a atravessar um perídio pessoal complicado que o conduziu a uma depressão grave e daí a tentativa de suicídio.

Agora, segundo o jornal Sol e o JN, Ribeiro das Cunha foi encontrado morto em casa, na quarta-feira, 22, ao que tudo indica, por consumação da sua vontade de acabar com a sua vida.

Este episódio, que ainda não está confirmado que tenha uma ligação directa ao terramoto Luanda Leaks, que está a abalar vigorosamente o império empresarial de Isabel dos Santos, surge num timing que permite todas as suspeitas.

Foi a partir da conta da Sonangol no EuroBic que, segundo revelam os documentos revelados no âmbito das Luanda Leaks, que Isabel dos Santos, pouco depois - a própria garante que antes - de ter sido exonerada por João Lourenço,transferiu mais de 100 milhões USD para a conta de uma empresa fachada no Dubai como pagamento de trabalhos de consultoria.

Recorde-se que o Procuador-Geral da República angolano, Pitta Grós, está hoje em LIsboa, para reunir com a sua homóloga portuguesa, para afinar estratégias entre as duas justiças para lidar com este mega caso das Luanda Leaks, que envolvem ainda várias empresas portuguesas onde Isabel dos Santos investiu, nomeadamente o EuroBic, banco onde detém 42% do capital e do qual se está a tentar livrar, vendendo a um comprador que a imprensa portuguesa diz existir mas ainda por identificar.

As autoridades portuguesas estão a investigar o caso que envolve a morte do até aqui gestor da conta da Sonangol no banco português.