Quase 6.000 pessoas morreram, entre Janeiro e Junho deste ano, de malária em todo o País - até agora a principal causa de morte em Angola. Os números foram cedidos ao Novo Jornal pela Direcção Nacional da Saúde Pública (DNSP) do Ministério da Saúde (MINSA). De acordo com o documento, nos primeiros seis meses deste ano, as autoridades sanitárias diagnosticaram perto de 4,2 milhões de casos.

Contas feitas por este semanário mostram que, nos primeiros 182 dias deste ano, o País registou uma média de 32 mortes por dia e uma estatística mensal de, em média, 961 mortes pela mesma doença.

Em relação aos casos diagnosticados, as contas do NJ concluem que Angola notificou em média 23 mil casos por dia, mais de 694 mil por mês e 954 por hora, nos primeiros seis meses do ano.

Comparativamente ao mesmo período de 2019, houve aumento de mais de 163 mil casos e 1.163 óbitos. No primeiro semestre de 2019, tinham sido notificados pouco mais de quatro milhões de casos, que resultaram em 4.604 mortes.

No ano passado, segundo o relatório da DNSP, o País teve um registo de quase 7,1 milhões de casos, que resultaram em quase oito mil mortes. Luanda, com mais de um milhão, foi a província mais afectada, seguida do Uíge (755 mil) e do Bié (705 mil).

Os casos registados em 2019, segundo o documento, foram os mais altos dos últimos anos. Por exemplo, em 2018, o País notificou 5,9 milhões de casos, enquanto, em 2017, foram 4,5 milhões. Se, por um lado, tem havido aumento, por outro, a mortalidade tem tido queda. Em 2019, de acordo com o MINSA, morreram 7.923 pessoas, e, em 2018, quase 12 mil. Ou seja, em 2019, Angola teve uma redução de 3.891 óbitos em relação a 2018, número que representa uma queda de 33%.

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