"Kota 50", vencedor do Prémio Nacional de Jornalismo 2010, categoria Fotografia, era um dos mais antigos fotojornalistas, tendo vivenciado os períodos históricos mais importantes da Angola independente durante os 36 anos que somou de profissão, e considerado pelos pares como um dos mais empenhados e talentosos do País.

Citado pela Angop, o presidente da Associação dos Repórteres de Imagem de Angola (ARIA), José Gola, considera que o desaparecimento de Pualino Damião representa "uma enorme perda" para a classe.

"Paulino Damião era um artista e deixa um legado para os mais jovens", destacou José Gola, referindo-se aos 36 anos de profissão de "Kota 50" passou ao serviço do Jornal de Angola.

Paulino Damião nasceu em Nambuangongo, Bengo, e ganhou o cognome de "50" quando, no início da carreira, cobria os jogos de futebol com uma simples lente de 50 mm, a única que tinha, quando já nesse tempo o normal era captar as imagens decisivas das partidas com poderosas teleobjectivas.

Luís Fernando, ex-director do Jornal de Angola, publicou na sua página do Facebook o pesar pela morte do repórter fotográfico, sublinhando ter-se perdido "uma das lendas do fotojornalismo de Angola", apontando-o como "um guerreiro de Nambuangongo que serviu a Pátria de maneira irrepreensível".

Muitos dos nomes maiores do jornalismo angolano privaram com este repórter fotográfico e as redes sociais acumulam elogios ao seu desempenho profissional e enquanto indivíduo, como foi o caso de Luísa Rogério, entre muitos outros.