"Quando se chegou à conclusão de que havia utilização irregular dos recursos, identificaram-se logo algumas pessoas, mas é necessário que tenhamos toda a documentação e ouvi-los sobre a situação", afirmou Hélder Pitta Grós, citado pelo Jornal de Angola.

O procurador disse ainda acreditar que alguns processos que estão a ser investigados "terão uma solução rápida".

"Os processos não são iguais. Alguns casos podem ter uma solução mais rápida e pode acontecer que alguns casos possam não seguir a via judicial. Os processos em posse da PGR continuam a correr a sua tramitação normal", afirmou.

De recordar que a informação sobre a utilização de fundos públicos - na ordem dos 4,7 milhões de dólares norte-americanos - em investimentos privados foi avançada em Março num comunicado saído da sessão extraordinária do Conselho de Ministros, presidida pelo Presidente da República, João Lourenço.

O relatório foi elaborado por uma comissão, criada pelo Presidente da República, em Dezembro.

A comissão é liderada pelo ministro do Estado de Desenvolvimento Económico e Social e foi criada para identificar os investimentos privados feitos com fundos públicos.

O grupo de trabalho teria de determinar as participações do Estado em função dos montantes envolvidos, identificar soluções e apresentar medidas a ser adoptadas pelo Estado num prazo de 60 dias.

Integram esta comissão os ministros das Finanças, do Interior, da Justiça e dos Direitos Humanos, da Economia e do Planeamento, bem como o titular da pasta dos Recursos Naturais e Petróleos.

Fazem ainda parte o inspector-geral da Administração do Estado, um representante da Procuradoria do Estado, um representante da Procuradoria-Geral, o chefe do Serviço de Inteligência e Segurança do Estado, o director-geral dos Serviços de Inteligência Externa, o director do Serviço de Investigação Criminal e o presidente do conselho de administração da Sonangol.