A primeira fase das obras entregues à OECI - Odebrecht Engenharia e Construção Internacional, que já está a construir a refinaria de Cabinda a convite da Gemcorp (ler aqui), é previsto terminar em finais de 2022.
O terminal terá uma capacidade de armazenamento de combustíveis de 580.000 metros cúbicos de produtos refinados, informa a Sonangol no comunicado, acrescentando que esta capacidade, associada à já existente, "irá suprir as necessidades do país, pois vai igualmente tornar o processo de recepção e distribuição de produtos refinados mais seguro, eficiente e menos dispendioso".
A Dar Angola foi contratada para a fiscalização da empreitada, enquanto à SOAPRO foi atribuída a realização dos estudos de impacto ambiental do projecto.
Esta obra foi entregue obra à Odebrecht pelo valor global de 547,8 milhões de dólares depois de a empresa brasileira ter vencido um concurso lançado pela Sonangol a 28 de Janeiro. Antes, o processo foi marcado por várias peripécias como a revogação de um decreto do tempo de José Eduardo dos Santos que entregava a obra à empresa Atlantic Ventures, da sua filha Isabel, por 1.5 mil milhões, e da negociação, por ajuste directo, com Al-Maktoum por cerca de 700 milhões - memorando "rasgado", sem que, até hoje, se conheçam as razões.
O concurso lançado pela Sonangol, aconteceu pouco mais de uma semana após o falhanço nas negociações com o xeque dos Emirados Árabes Unidos, Ahmed Dalmook Al-Maktoum, que estava na calha para dar continuidade ao projecto que já tinha estado nas mãos da Atlantic Ventures de Isabel dos Santos, que viu o Presidente João Lourenço revogar o decreto que lho entregava por 1,5 mil milhões USD.
"A obra foi adjudicada no dia 2 deste mês depois de "um amplo processo de "due diligence", conduzido pela empresa norte-americana Trace, e de "compliance" nas empresas que constaram da lista das três concorrentes habilitadas, tendo a escolha recaído na OECI, que apresentou a melhor proposta técnica e o melhor preço", informava a Sonangol em comunicado a 16 de Agosto.
Esta empreitada inclui ainda a conclusão do parque de armazenamento de produtos refinados e construção da doca de atracação de navios.
A petrolífera nacional tem defendido que o Terminal Oceânico da Barra do Dande é um projecto estratégico nacional, visa aumentar a capacidade de armazenamento, o aumento da capacidade de armazenamento em terra, "dotando o país de infra-estruturas de grande porte capazes de assegurar uma robusta reserva estratégica - em gasolina, gasóleo e LPG - e de segurança nacional, e melhorar a logística de distribuição de produtos refinados para o interior do país".
O Terminal Oceânico da Barra do Dande será a principal plataforma para assegurar o armazenamento e recepção de produtos derivados de petróleo para atender as Reservas Estratégicas, de Segurança e Operacionais do país, bem como promover um importante "hub" de armazenamento e comercialização de combustíveis na região.