Movida por um pagamento de 252 milhões de kwanzas para a compra de equipamentos como camiões, retroescavadeira e contentores para o lixo, a Procuradoria-Geral da República (PGR) segue os rastos de um suposto esquema de desvio de fundos públicos na Administração Municipal da Catumbela, litoral da província de Benguela, estando o processo-crime, conduzido mediante a confirmação de atropelos a normas de execução orçamental, prestes a ser concluído, apurou o Novo Jornal.
Este valor representa 100% do total dos meios, quando a legislação que regula as regras da contratação pública exige 15% no início, começa por sublinhar uma fonte ligada à investigação, apoiada em documentos observados pelo NJ.
Dos cofres da Administração da Catumbela, um dos quatro municípios do litoral a braços com sérios problemas de saneamento básico, saíram inicialmente, a 31 de Março deste ano, 186 milhões Kz para dois camiões, um basculante e outro compactador, e 40 contentores metálicos, com a empresa Benguela Móveis como fornecedora.
"Até ao momento, contra todas as expectativas, o equipamento não foi entregue, não está ao serviço do cidadão contribuinte", indica a fonte, antes de ter apontado o administrador municipal, Fernando Belo, como principal suspeito deste suposto esquema de corrupção.
Há duas semanas, também ao arrepio da regra da percentagem inicial, a Administração Municipal da Catumbela procedeu ao pagamento, desta feita à Barloworld Equipamentos Angola, de 66 milhões e 935 mil Kz para uma restroescavadeira.
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