A mesma fonte, que mais tarde voltou a contactar o Novo Jornal, avançou que a situação teria sido depois controlada e que, em consequência disso, o projecto Angola LNG teria apelado à calma da população do município, informando que não houve uma explosão, mas sim "um desvio no circuito de gás que levou a um aumento repentino da intensidade das tochas". Disse ainda que "o projecto Angola LNG deu garantias de que o sistema de detecção de fuga indicava que estava tudo bem".

Entretanto, uma outra fonte anónima contactada pelo Novo Jornal afastou toda e qualquer possibilidade de ter ocorrido o facto inicialmente avançado, esclarecendo que se tratou de "uma situação operacional absolutamente normal, decorrente da alteração da chama de rotina das operações da planta".

A fonte notou ainda que tal alteração não foi assim tão visível, muito embora tenha marcado alguma diferença entre aquilo que é a rotina do dia-a-dia da planta, comparado com os breves segundos em que se procedeu à alteração da rotina da chama.

"A esta altura, a planta LNG está a funcionar a um ritmo absolutamente normal, isso nós podemos garantir. Não se tratou de nenhum incidente. O que nós podemos garantir é que se tratou de um procedimento normal. A partir do instante em que se deu este evento, não houve alteração nenhuma das operações na planta", assegurou a fonte.

Tudo isso acontece numa altura em que o Angola LNG procedeu ao primeiro carregamento de condensados, facto ocorrido na última terça-feira, 8, a partir da fábrica do Soyo, a qual foi construída com o objectivo de criar valor a partir do gás natural existente no offshore angolano.

O presidente da Angola LNG Marketing Limited, Artur Pereira, disse a propósito, na altura, que "a expedição deste primeiro carregamento de condensados constitui mais um marco importante na concretização dos objectivos da Angola LNG. Com efeito, a Angola LNG já produziu e comercializou todos os diferentes tipos de produtos que constituem o seu portfólio - LNG, LPG, butano para o mercado doméstico e agora condensados."

O Angola LNG tem como accionistas da Angola LNG a Sonangol (22,8%), Chevron (36,4%), BP (13,6%), ENI (13,6%) e Total. Este primeiro carregamento foi vendido em regime de Free On Board (FOB) Soyo, à Sonangol, e foi carregado em segurança no navio tanque Fortune Victoria. Todos os produtos LPG e condensados estão atribuídos para venda às filiadas accionistas do Angola LNG.

O Angola LNG é um dos maiores investimentos (de cerca de 10 mil milhões de dólares) alguma vez realizados na indústria angolana de petróleo e gás. Com uma frota dedicada de sete navios tanque de LNG e três cais de carregamento (LNG, líquidos e butano comprimido). O Angola LNG tem como missão contribuir para a eliminação da queima de gás, fornecer energia limpa e fiável aos clientes e rentabilizar o investimento efectuado.