A obra esta orçada em 10,7 mil milhões de kwanzas, teve início em Março de 2015 e a sua conclusão deveria ter ocorrido em Março deste ano, mas está suspensa e sem data prevista para a retoma dos trabalhos.

O Novo Jornal Online foi ao local e constatou a ausência de trabalhadores e máquinas, um cenário que confirma a suspensão ou estado de abandono da obra, que está entregue à construtura Carmon.

A situação, segundo a comissão de moradores do Rangel e da Rua de Macau, na Terra Nova, é explicada pela alegada reprovação técnica do projecto, em função da altura que o viaduto possui.

Todavia, segundo uma fonte do Ministério da Construção, que falou ao Novo Jornal Online sob anonimato, "a suspensão dos serviços do viaduto sobre a passagem desnivelada da linha férrea do Caminho de Ferro de Luanda, ocorreu por falta de verbas".

A fonte sublinhou ainda que o Ministério da Construção vai cadastrar e desalojar os moradores que estão naquela circunscrição para serem alojados no Zango.

"Ainda temos muito que fazer. Não há uma data prevista, mas em breve vamos cadastrar os moradores que residem no local onde está a ser erguido o viaduto, a sua maioria serão transferidos para o Zango", apontou.

Para além da falta de verbas, o especialista em Fiscalização e Acompanhamento de Obras Públicas, António Venâncio, defendeu ao Novo Jornal Online que a obra foi suspensa por motivo de expropriação.

"Um dos motivos da suspensão da obra tem a ver com expropriação de terrenos, parece algo normal mas é um assunto bastante delicado. Já a outra situação em questão é a falta de valores, a dimensão desta implica muitos custos", disse.

"Toda obra pública deve ser acompanhada por um fiscal profissional. Se na obra desse viaduto estivesse um fiscal competente, tudo estaria esclarecido. A obra foi suspensa mas os motivos da suspensão ninguém sabe, o fiscal devia meter um auto de suspensão para que as pessoas estivessem por dentro do assunto", esclareceu.