Foi absolvido pelos crimes de associação criminosa, ultraje e rebelião, sendo apenas condenado pelo crime de instigação à desordem pública, que lhe valeu um ano na cadeia, que, efectivamente, já cumpriu na condição de detido preventivamente como medida de coação.

O arguido foi ainda condenado a pagar uma taxa de justiça de 100 mil kwanzas e de 500 em indemnização ao Estado.

Segundo o tribunal não ficou provado que o activista tenha ofendido o Presidente da República, João Lourenço, e os deputado do MPLA.

Luther Campos encontrava-se dedito desde Janeiro do ano passado, por alegadamente incitar ao vandalismo durante a greve de táxis em Luanda, no mês de Janeiro do ano passado.

O activista é conhecido do público nas redes sociais, onde muitas vezes denunciava problemas sociais do País, e dirigia críticas ao partido MPLA.

Defesa vai pensar se recorre

Francisco Muteka, advogado do Luther Campos "Luther King", disse à imprensa que não está satisfeito na totalidade em função do seu constituinte ter sido condenado com pena suspensa.

Segundo o causídico, Luther Campos deveria ter sido absolvido de todos os crimes de que foi, acusado pelo Ministério Público.

"É uma pena que o cidadão Luther King tenha sido condenado. De facto foi uma pena, foi uma decisão parcialmente desajustada, ambígua, antijurídica e é de repensar!", assegurou o advogado, acrescentando que "o nosso sistema de justiça merece ser estudado e pensado".

Francisco Muteka, argumentou que não foi justa a condenação do arguido em um ano e dez meses de prisão, com efeito, suspensivo, por nada ter ficado provado durante o julgamento.

"Nada ficou provado. A defesa está parcialmente satisfeita com a decisão do tribunal, mas respeitamos. Seria melhor se de facto fosse absolvido. Era isso que esperávamos", concluiu Francisco Muteka.

De realçar que a soltura do activista Luther Campos "Luther King", foi passada na sala de audiência pelo juiz, portanto, deve voltar ao convívio familiar esta sexta-feira.