Segundo os estudantes, o Consulado obrigou-os a fazerem o pagamento das propinas nas universidades onde estão inscritos, mas não há sinais da emissão dos vistos e exigem uma solução e uma explicação.
Conforme os visados, há ainda um grupo que não consegue dar entrada dos documentos no consulado brasileiro pelas exigências "impossíveis" de satisfazer com que estão confrontados.
Os estudantes descreveram ao Novo Jornal que há intenção de todos, ainda hoje, realizar uma vigília em frente à embaixada.
"Queremos o nosso visto... Queremos o nosso visto. Cumprimos tudo, queremos o visto", cantaram e exibiram cartazes as dezenas de estudantes em protesto na embaixada.
Segundo os estudantes, não há vontade da parte da embaixada em ceder vistos aos angolanos que pretendem estudar nas universidades brasileiras.
Entretanto, quando tudo parecia calmo, contam os visados, a Polícia Nacional, através da Unidade de Reacção e Patrulhamento, dispersou o ajuntamento e deteve mais de 15 estudantes.
"Tudo estava calmo e a nossa manifestação era bastante pacífica, quando, do nada, a polícia começou a agredir", contou um estudante, afirmando que 15 colegas seus acabaram detidos.
Estes garantem que não houve razões para que a Polícia Nacional usasse a violência visto que apenas exibiam cartazes e entoavam cânticos.
Face aos protestos dos estudantes angolanos em frente às instalações da representação diplomática brasileira em Luanda, a Embaixada do Brasil contínua em silêncio.
Está é a primeira vez que dezenas de estudantes angolanos se manifestam em frente à Embaixada do Brasil para exigiram vistos de estudante.