Esta doença é de grande transmissibilidade e o seu impacto económico é muito significativo, podendo provocar perdas totais em aviários situados em áreas afectadas. A doença de Newcastle é transmitida por um vírus, para o qual não existe cura conhecida quando os animais já apresentam sintomas.

Com grande impacto em aviários, nomeadamente de galinhas e perus, as mais sensíveis à doença, o vírus de Newcastle atinge também de forma grave os patos, pombos e as galinhas-da-Guiné. As espécies selvagens igualmente devastadas por esta doença.

Foi perante este risco, quando são já conhecidos casos da doença nestas regiões, que o Ministério da Agricultura namibiano determinou a proibição de transporte de aves ou o seu comércio em mercados, bem como está totalmente proibida a importação de países vizinhos, como Angola ou o Botsuana.

Sem permissão para transportar as aves em solo namibiano, nas regiões e áreas de Omusati, Ohangwena, Oshana e Oshikoto, a sua exportação está naturalmente proibida, porque, como informa o Ministério da Saúde da Namíbia, o risco de transmissão da doença é muito grande e a sua disseminação rapidamente pode ficar fora de controlo.

Perante a gravidade da situação, sabendo-se da existência de relatos noutros pontos do globo onde a devastação provocada por este vírus arruinou milhares de criadores de aves e produtores de ovos, as autoridades determinaram ainda que está vedado todo e qualquer transporte de ovos sem serem cozinhados.

Para isso, tendo ainda em consideração que esta é a mais grave doença e que mais danos económicos provoca, as autoridades namibianas ergueram postos de controlo ao longo das estradas das áreas afectadas e duplicaram a vigilância nas fronteiras para evitar a propagação da doença entre países.

Ao mesmo tempo, todos os produtores estão a ser alvo de avisos oficiais para que se dirijam aos veterinários municipais para que lhes sejam fornecidas vacinas de forma a prevenir o avanço da doença.

Este surto irrompeu primeiro em Omusati, em Julho, e manteve-se confinado às municipalidades circundantes, onde, todavia, foi registado um grande número de aves mortas.

Este vírus é transmitido de ave para ave e o homem contribui para a sua disseminação, embora a doença não tenha impacto significativo na saúde humana, o homem não é imune ao vírus, podendo ser causador de formas graves de conjuntivite.

Nas aves, os principais sintomas são a conjuntivite, dificuldade em respirar, fezes esverdeadas, paralisia e dificuldade em se manterem em pé.

O Novo Jornal Online está a tentar saber junto do Ministério da Agricultura angolano que tipo de medidas podem ser tomadas deste lado da fronteira.