O Índice de Liberdade Económica é anualmente elaborado pela Heritage Foundation, um think tank conservador norte-americano e procura aferir o grau de liberdade económica no mundo, focando-se em items como a liberdade fiscal, a intervenção do Governo nos negócios, nas políticas monetária e financeira ou, entre outros, a corrupção.

Sobre Angola, o texto que acompanha o IEF (sigla em inglês), sublinha que "a riqueza natural atraiu investimento directo estrangeiro e a facilitou uma década de grande crescimento económico".

Todavia, depois de lembrar os problemas resultantes da crise que se impôs após a queda do preço do petróleo nos últimos anos em Angola, o IEF aponta em tom crítico que "os monopólios e quase-monopólios continuam a dominar os principais sectores" de actividade económica do país.

Mas Angola não está sozinha neste mau desempenho do universo lusófono, onde Portugal caiu 13 posições, para 77º lugar, Timor Leste manteve-se na cauda do índice, em 173º, o Brasil em 140º ou Moçambique, em 158ª posição, ficando Macau, que, apesar de ter território chinês, tem o português como língua oficial também, com o honroso 32º, o primeiro destes.

O último lugar dos países lusófonos é para a Guiné Equatorial, em 174º, apenas ultrapassada pelo Zimbabué, Eritreia, República do Congo,, Cuba, Venezuela, e Coreia do Norte, da posição 175ª à 180ª, que fecha o IEF.

O índice de Liberdade Económica de 2017 coloca nas primeiras posições Hong Kong, Singapura e Nova Zelândia, à semelhança do ano passado.