Através de uma nota de esclarecimento, a Companhia de Bioenergia de Angola, conhecida como Biocom, confirma o fim do processo por trabalho escravo instaurado no Brasil devido às condições contratuais a que foram sujeitos cerca de 400 funcionários da fábrica de Malanje, tal como o Novo Jornal online noticiou na última segunda-feira.

"Mesmo com a garantia do direito de recorrer a instâncias superiores em relação a eventuais decisões judiciais, a Biocom optou pelo acordo [Ministério Público do Trabalho brasileiro} que pôs fim à referida acção, como forma de evitar constrangimentos em seus relacionamentos com agentes financeiros parceiros de seu projecto agro-industrial", lê-se no comunicado.

Segundo a mensagem, o compromisso liberta a empresa de "quaisquer condenações por prática de trabalho escravo, bem como por violação de direitos humanos ou de desrespeito aos princípios que regem as relações de trabalho".

A Biocom sublinha ainda que "cumpre rigorosamente a legislação trabalhista vigente", posicionando-se como "uma das maiores empregadoras do país, com aproximadamente 2.100 empregados, sendo 1.940 angolanos".