Duma Boko disse, em entrevista à revista The Projects Magazine, citada pelo site Rapaport, que o Botsuana está a "caminhar para um ponto em que nenhum mineral sairá do país sem ser processado".
Este é um passo que outros produtores importantes, como Angola, com a criação do Parque Indústrial de Saurimo, estão a dar, mas sem chegar a este extremo, apostando, ao invés, na criação de unidades industriais locais para o processamento das jóias, sem fechar as portas aos mercados de exportação.
Além dos diamantes, esta iniciativa do Presidente Duma Boko visa igualmente outros minerais e metais explorados no Botsuana, incluindo o cobre, que também vai deixar de ser exportado sem a adição de mais valias locais, de forma a maximizar a rentabilização das matérias-primas.
Esta medida pode, no entanto, sem um golpe rude em alguns dos mercados mais importantes para a aquisição de diamantes em todo o mundo, como a Índia, que tem uma base industrial gigantesca assente no processamento de diamantes adquiridos em bruto no estrangeiro.
Com esta atitude, o Governo do Botsuana pretende incentivar o investimento externo neste sector.
Porém, tal iniciativa surge num momento histórico de grave crise neste sector (ver links em baixo), com vendas em queda, desvalorização das "pedras" menos cotadas em qualidade e dimensão e com a pressão gigantesca que começa a ser feita pelos diamantes de laboratório.