Apesar de África ser uma das regiões do mundo com maior potencial hidroeléctrico por desenvolver, vários projectos estão a alterar esta realidade, nomeadamente as barragens angolanas de Laúca de Cambambe, indica a Associação Internacional de Energia Hidroeléctrica, IHA na sigla em inglês.

Segundo o mais recente relatório desta organização, no ano passado o continente agregou 1.924 MW à sua capacidade instalada, desempenho que tem em Angola um elemento-chave.

Com Laúca e Cambambe, Angola foi um dos cinco países do mundo que mais aumentaram a capacidade hidroeléctrica em 2017- atrás da China, Brasil, Índia e Portugal - tornando-se uma das cinco maiores potências de África neste domínio, quando no anterior ocupava a 11.ª posição na classificação africana, entre cerca de 40 nações analisadas.

De acordo com a IHA, em 2016 Angola tinha agregado 400 Mw à sua capacidade hidroleléctrica instalada, valor que mais do que duplicou no ano passado, atingindo a cifra adicional de 1.108 Mw.

Contas feitas, o país tem agora 2.415 Mw de capacidade hidroeléctrica instalada, um aumento de 72% entre 2016 e 2017.

Recorde-se que quando Laúca entrar em funcionamento pleno será uma das maiores barragens da África Austral, ultrapassando a moçambicana Cahora Bassa (1.920 Mw), com 2.070 Mw.

A barragem, situada entre as províncias de Malanje e Kwanza-Norte, teve um custo global estimado em 4,5 mil milhões de dólares.