"Dobrámos a nossa facturação neste período. A procura aumentou substancialmente. É notório, no nosso sector, em todo o mundo, que a demanda cresceu. Não existe empresa que está a fazer entregas e que não esteja satisfeita com o que a Covid-19 trouxe ao negócio", confirma Erickson Mvezi, CEO da empresa, ao jornal Valor Económico.

De acordo com o interlocutor, as vendas da Tupuca cresceram 100% para 300 milhões de kwanzas por mês, como resultado do aumento das entregas diárias que também dobraram para mais de mil durante a vigência da crise sanitária. Também Pedro Beirão, CEO da Appy Saúde, uma plataforma digital para serviços de saúde, viu o número de pedidos duplicar neste período, com um "pico" em Março, no início do Estado de Emergência, devido ao "pânico" das pessoas e à escassez repentina de produtos farmacêuticos.

Em época de crise devido à Covid-19 e outros factores, o mundo digital tem acentuado a sua presença no quotidiano dos angolanos com a disponibilização de diferentes serviços e produtos.

Se no início do Estado de Emergência (27 de Março), o serviço de entrega de alimentação ao domicílio dominava as plataformas digitais, o cenário tem vindo a mudar com o surgimento e a massificação na oferta de serviços associados à medicina, habitação, automóveis ou até pequenos negócios.