Apesar de reconhecerem que o sector bancário angolano "permanece vulnerável, dada a grande dependência da indústria petrolífera", que permanece "em fase descendente", os especialistas da consultora britânica BMI Research antecipam melhorias em 2018.

"Esperamos uma perspectiva mais positiva para o sector petrolífero em 2018, o que vai facilitar uma recuperação suave em 2018, com os activos a crescerem 9,8% no final do próximo ano, segundo a nossa previsão", indica uma nota sobre o sector bancário em Angola, enviada hoje aos investidores e citada pela agência Lusa.

Na análise, os consultores assinalam que a melhoria nos preços do petróleo e a recuperação geral na economia verificadas em 2017 ainda não aliviaram a banca nacional das dificuldades, que se manifestam "na forma de pouca procura de crédito, fraca qualidade dos activos e uma falta de liquidez de dólares", situação que se vai manter nos próximos trimestres até à recuperação.

"Os bancos comerciais em Angola vão continuar em dificuldades devido ao clima de baixo crescimento económico e constrangimentos de liquidez, mas o aumento da produção de petróleo e a reestruturação de alguns bancos estatais vão possibilitar alguma recuperação em 2018", reforça a consultora.

De acordo com a BMI Research, a taxa de crescimento dos bancos em Angola abrandou para 2,7% entre Julho de 2016 e 2017, o valor mais baixo desde pelo menos 2012, quando a consultora começou a recolher dados.