O Banco Nacional de Angola (BNA) encerrou o plano de contingência para ajudar nas dificuldades de tesouraria as grandes, médias e pequenas empresas que precisam de liquidez, durante o período da Covid-19, desembolsando pouco mais de 92, 2 mil milhões Kz dos 100 mil milhões disponíveis, avançou, em comunicado, o regulador do sistema financeiro.

Ao abrigo das estratégias do banco central estampadas nos instrutivos n.º 06 e n.º 09, de Abril e Maio, por essa ordem, um total de 87 empresas beneficiou da linha de liquidez de 100 mil milhões Kz, sendo que, dos mais de 99,2 mil milhões cedidos, 77% do "bolo" foi entregue às grandes empresas do sector produtivo, enquanto as pequenas firmas que operam no País encaixaram 19% do valor, ao passo que as entidades de nível médio ficaram apenas com 4% do montante, observou o Novo Jornal.

O documento do BNA não revela quais foram as empresas que operam no mercado que participaram nas operações, mas indica que as grandes empresas do sector produtivo consumiram acima de 76 mil milhões Kz. As pequenas instituições ficaram com pouco mais de 19 mil milhões Kz, em contrapartida, os projectos médios absolveram 4 mil milhões Kz.

Inicialmente, ou melhor, até princípio de Maio último, o plano do BNA apenas contemplava as pequenas e médias empresas, faz saber o Instrutivo N.º 06, de 06 de Abril, sendo que, com a criação propositada do Instrutivo n.º 09, de 11 de Maio pelo banco central, as grandes empresas passaram a fazer parte do agregado.

"Considerando o interesse demonstrado pelas empresas de grande dimensão do sector produtivo no desconto de Obrigação de Tesouro por si detidas de forma a gerar liquidez para cumprir as responsabilidades de curto-prazo", o BNA "decidiu conceder-lhes acesso à linha de compra de Obrigações do Tesouro", justificou o regulador.

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