A privatização da Empresa Nacional de Pontes (ENP) permitiu ao Ministério da Construção e Obras Públicas, que detinha a tutela, o encaixe financeiro de dois milhões de dólares.
A privatização promete ainda pôr um ponto final na luta dos trabalhadores que têm vindo a público denunciar os mais de quatro anos de salários em atraso, e que ainda em Agosto apelaram à intervenção do Presidente da República, João Lourenço, quando saíram à rua em mais uma manifestação exigindo o pagamento dos valores.
Os actuais accionistas já deixaram a garantia do pagamento dos salários em atraso.
A ENP é uma das 74 empresas que constavam na lista das empresas públicas a privatizar.
A secretária de Estado para Finanças e Tesouro, Vera Daves, afirmou, esta semana, que "nos próximos tempos", serão várias as companhias e empresas públicas a privatizar, a maioria delas ligadas ao sector industrial, processo que será antecedido por um concurso público "rigoroso".
O processo está a ser elaborado por uma comissão de preparação e execução do procedimento de privatização em bolsa das empresas públicas de referência, coordenada pelo ministro de Estado e do Desenvolvimento Económico e Social, Manuel Nunes Júnior, e criada a 20 de Fevereiro deste ano pelo Presidente da República, João Lourenço.
A comissão, que integra ainda os ministros das Finanças e da Economia e Planeamento, teve por missão garantir a integridade dos setores estratégicos do Estado e assegurar o redimensionamento do sector empresarial público, o aumento da eficiência, da produtividade e competitividade da economia das empresas.