Diamantino Azevedo, que está na Cidade do Cabo, África do Sul, a participar numa feira de mineração, a "Indaba Mining", que termina na quinta-feira, explicou em declarações aos jornalistas e citado pela Angop, que o ouro, o cobalto, as terras raras ou o lítio, são alguns dos minérios que têm uma forte possibilidade de entrarem no mapa da extracção industrial no país.

"Temos já, neste momento, outorgadas cinco concessões para prospecção de metais básicos (o ferro e o cobre são exemplos deste tipo de metais) a uma grande empresa de prospecção, a Anglo American. Estamos a negociar com outras grandes empresas de mineração. Assinámos o acordo para o projecto de exploração de minério de ferro e para implementação de uma Siderurgia no projecto mineiro de Cassinga", disse o ministro.

Alertado para a necessidade de ter em consideração que nem todos os projectos de prospecção resultam em minas activas, Diamantino Azevedo sublinhou a importância de "ter muitos projectos de mineração".

E, nessa condição em Angola estão, "apesar de em pequena escala ainda" projectos em prospecção de ouro, cobre, terras raras, cobalto, lítio, manganês, ente outros.

E para aumentar as possibilidades destes projectos evoluírem efectivamente para minas activas em exploração rentável, o ministro dos Recursos Minerais e Petróleos deslocou-se à "Indaba Mining" com o objectivo de atrair investidores para a mineração em Angola.

Recorde-se que o Governo tem em curso o Plano Nacional de Geologia (Planageo) no qual deposita grandes expectativas e a partir do qual já se ficou a saber que existe um grande potencial em diversas áreas, sendo disso bons exemplos a exploração de ouro e ferro na Huíla ou ainda a extensão para território angolano da denominada "Copperbelt", que se prolonga actualmente pelos vizinhos Zâmbia e RDC (Katanga).

Os dados conhecidos sobre essa extensão para Angola desta cintura de cobre, que é a principal fonte de receitas da Zâmbia, é que se poderá estar face a mais de 100 mil quilómetros quadrados de potencial mineiro paa este cada vez mais estratégico metal ou ainda o potencial já assumido em relação ao igualmente estratégico cobalto.

E a esse propósito, voltou a reafirmar o objectivo de reestruturação do sector mineiro "sem criar nenhuma instabilidade no sector", como ocorreu no sector dos petróleos.

Uma das "alterações significativas" nesse projecto de reestruturação é a criação çpara breve da Agência Nacional dos Recursos Minerais e a finalização de estudos para possível introdução do novo modelo de comercialização de diamantes, que poderá passar pela criação de uma Bolsa Diamantes.

"Queremos este ano ver o modelo aprovado e também levar à aprovação da Agência Nacional dos Recursos Minerais, e finalizar os estudos da futura bolsa diamantes. Teremos assim um novo modelo", disse, citado pela agência de notícias angolana.