Aquém dos resultados esperados, a De Grisogono vai cortar 41 postos de trabalho, informação que surge meses depois da ruptura com a SODIAM - Sociedade de Comercialização de Diamantes de Angola, que, em Dezembro passado, terminou a parceria com o grupo joalheiro sob a alegação de que desde a sua constituição, em 2011, a mesma representou "exclusivamente custos".

Apesar de os despedimentos acontecerem depois do anúncio do fim da ligação à empresa pública angolana, a De Grisogono garante que "os dois tópicos são completamente não relacionados".

A informação foi prestada à agência Lusa por fonte oficial da joalharia de luxo suíça.

"A reestruturação é uma consequência do facto de, apesar dos investimentos consideráveis e de todos os esforços dos trabalhadores, as vendas da alta joalharia da De Grisogono não terem atingido os níveis previstos, em grande parte devido a condições difíceis em alguns dos nossos principais mercados. Como consequência, a nossa capacidade de produção interna e custos se tornaram desproporcionais às nossas vendas, exigindo esse ajuste", esclareceu a mesma fonte.

Sem especificar a que "condições difíceis" ou a que "principais mercados" se refere, a De Grisogono adianta apenas que iniciou esta semana um processo de consulta aos trabalhadores, visando os despedimentos.

A joalharia também não esclarece se a saída da SODIAM do grupo privado já se concretizou. "Essas perguntas devem ser dirigidas directamente aos accionistas, no entanto, podemos dizer que a experiência diz que esses processos normalmente levam tempo",disse à Lusa.

Aquando da divulgação do fim da ligação à De Grisogono, a Sociedade de Comercialização de Diamantes de Angola deu a entender que passou anos a viabilizar a actividade da joalharia, falando em "financiamentos bancários que contraiu", e em "resultados negativos sistematicamente apresentados pelo grupo".