Esta descida, que representa menos 5,13 por cento na tonelagem recebida nos seis principais portos marítimos de Angola entre Janeiro e Março, e que foi agora divulgada pelo Conselho Nacional de Carregadores, reflecte o impacto da crise provocada pela descida do preço do petróleo a partir de 2014 na economia nacional e na subsequente importação de bens devido, principalmente, à escassez de divisas.

O Porto de Luanda foi o mais afectado, com valores superiores à média nacional, cerca de 6,5 por cento, concentrando ainda o valor mais alto da carga recebida, com 1,17 milhões de toneladas.

Em ordem descendente no valor de carga recebida, segue-se, segundo os dados do Conselho Nacional de Carregadores, o porto do Lobito com valores muito abaixo do de Luanda, cerca de 211 mil toneladas, aparecendo em seguida Moçâmedes, no Namibe, Soyo, no Zaire e Porto Amboim, no Kwanza Sul, embora nestes três últimos tenha sido registada uma ligeira subida da carga descarregada.

Tailândia, Portugal e Brasil foram, segundo a mesma fonte, os países que mais exportaram para Angola no primeiro trimestre deste ano.

Em sentido inverso, no valor da carga bruta exportada via marítima, exceptuando o sector petrolífero, é Moçâmedes que ostenta a melhor marca, ultrapassando os 70 por cento do todo nacional, aparecendo Luanda apenas em terceiro, atrás do porto do Soyo.