Segundo o presidente do conselho de administração da Alassola, o japonês Tambwe Mukaz, as portas do mercado europeu estão abertas aos produtos dessa unidade fabril, que ocupa o espaço da antiga África Têxtil, na província de Benguela.

"A qualidade foi testada e está aceite na União Europeia, e já temos outra encomenda de fios, semelhante, um produto intermédio, para enviar dentro de quatro semanas", avançou Tambwe Mukaz, em declarações à agencia Lusa.

O responsável adiantou que a empresa já colocou 156 toneladas de fio no mercado português, operação que deverá render cerca de 500 mil euros, estando previsto o envio de tecido daqui a três meses.

Para já, esclareceu o gestor, as encomendas perfazem 300 toneladas de produtos têxteis e destinam-se a abastecer "grandes marcas" que operam em Portugal.

Relançada no final de Novembro de 2016, a fábrica Alassola trouxe de volta a produção têxtil a Benguela, cerca de 17 anos depois do encerramento da África Têxtil, que operou de 1974 a 1999.

O processo de reabilitação, ampliação e modernização da unidade exigiu um investimento de 450 milhões de dólares.

Com a aposta além-fronteiras, a fábrica deverá passar de cerca de 170 trabalhadores, com um turno de laboração, para 1.200 trabalhadores, distribuídos por três turnos.