Os problemas surgiram durante a noite na área de Jeppestown e zonas urbanas envolventes e nas primeiras horas de hoje, no meio dos tumultos, ocorreram dezenas de focos de incêndio, especialmente carros e caixotes de lixo, mas também edifícios, e um número por determinar de lojas foram pilhadas e equipamentos públicos destruídos.

A imprensa local garante que a situação foi controlada no final da manhã de hoje nas áreas próximas do epicentro dos tumultos, cujas causas ainda não foram determinadas pelas chefias das forças de segurança, nem tão pouco foram dadas informações sobre os detidos e as vítimas e se entre estes estão cidadãos estrangeiros, como tem sucedido na generalidade das situações semelhantes que têm ocorrido por toda a África do Sul, a última das quais em Pretória, na passada semana, numa acção claramente xenófoba.

No entanto, sabe-se que a maior parte das lojas saqueadas são propriedade de cidadãos estrangeiros.

A maior parte dos detidos foram apanhados pela polícia em flagrante quando pilhavam lojas ou incendiavam viaturas, naquilo que um oficial da polícia sul-africana, o comissário Elias Mawela, citado pelas agências, disse serem actos de extrema violência e desumanos, como aquele que levou à morte das três pessoas, que estavam num edifício que foi incendiado ainda durante a madrugada, havendo suspeitas tratarem-se de cidadãos imigrantes.

Estes episódios surgiram depois de a própria polícia ter detectado movimentações organizadas via redes sociais.

As autoridades temem agora alastramento da violência a outras áreas de Joanesburgo mesmo outras cidades sul-africanas.

Estes tumultos surgem numa altura em que a África do Sul assiste a uma greve nacional de camionistas que visa exigir aos empresários que não contratem motoristas estrangeiros e que tem causado problemas em todo o país..