A falta atempada desses meios foi resultado directo de, pela primeira vez nesta era da globalização, a humanidade ter sido confrontada em simultâneo com este grave surto pandémico.
Não foi, portanto, a constatação da ausência de uma vacina eficaz contra o vírus que, só por si, fez aumentar em exponencial a infecção e a letalidade da doença.
A procura de bens escassos superou em muito a oferta e assistiu-se até a uma concorrência em que tudo pareceu valer.
A solidariedade não foi palavra que se impôs nas relações entre os países em face desta procura desordenada.
Quase todos os países tiveram falta de quase tudo.
Não poderá por isso deixar de se fazer uma análise sobre a gestão que se realizou à escala global perante a pandemia, para que se retirem as conclusões que se impõem.
As políticas públicas que parece deverem-se impor envolvem a clarificação da função do Estado, a defesa do domínio público de sectores empresariais, também estratégicos, e uma atenção particular às necessidades das populações.
(Leia este artigo na íntegra na edição semanal do Novo Jornal, esta semana com acesso gratuito em http://leitor.novavaga.co.ao/)