É neste contexto de pandemia que o governo de Moçambique declarou um estado de emergência, no início do mês de Abril, que foi recentemente prorrogado até finais de Maio, com objectivo de retardar a contaminação massiva da população e preparar o país para uma possível eclosão de casos graves da doença. O país regista actualmente 81 casos da Covid-19 distribuídos entre as províncias de Maputo e Cabo Delgado, que contam respectivamente com 24 e 56 casos num total de 81 casos diagnosticados no país, o último do qual proveniente do voo da TAP para Moçambique. O acampamento de Afungi, no distrito de Palma, é o epicentro desta pandemia, com cerca de 49 casos que representam uma séria ameaça à saúde e vida das comunidades locais que já sofriam restrições devido aos ataques terroristas na região.

Maior parte dos 800 funcionários do acampamento já foi testado mas as comunidades ainda não foram testadas, representando um potencial e perigoso foco de pandemia numa província que já esta há três anos fustigada pelos ataques terroristas e, falando em ataques terroristas recentemente, e aqui neste canto do Mahungu, a resposta não tardou a chegar. Recentemente, o Presidente da República de Moçambique, que reconheceu pela primeira os ataques como acção terrorista e uma ameaça real ao Estado num discurso contido e bastante cauteloso que visava dar a conhecer a situação de segurança do país.

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