Vivemos um tempo em que, nunca como agora, as lavandarias foram tão disputadas em Angola tanto no mercado formal como sobretudo no mercado informal.

Nunca como agora o tempo descobriu tanto gangsterismo no rosto de figuras que se apresentavam à plateia como anjinhos da guarda da nossa moralidade pública.

Nunca como agora os crimes de colarinho branco encardiram tantas poltronas cobertas de seda.

Nunca como agora se destapou tanta sujidade por entre remessas cavalares de dinheiro de proveniência aparentemente insuspeita.

Mas, vivemos também um tempo em que, nunca como agora, do esgoto da corrupção saiu e há-de continuar ainda a sair tanta porcaria...

A procissão, meus amigos, ainda vai no adro mas, nas farmácias, já se regista uma ruptura de stocks de kits de Dodots para limpar a imundície que, durante décadas, andou a emporcalhar a nossa classe política.

Nunca, por isso, como agora, as campanhas de desinfestação do meio ambiente partidário, governamental e empresarial, se revelaram tão importantes e inadiáveis.

Nunca, como agora, os serviços de higienização pública necessitaram de tanta potassa e esfregão para desinfectar quer a tribuna de honra onde se refastela o poder, quer a bancada central onde se acotovela a oposição.

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