Nesta edição, dedicámos 12 páginas para falar dos 244 anos da independência dos EUA, celebrados, este sábado, 4 de Julho. Associámos, também, os 27 anos de estabelecimento de relações diplomáticas entre este país e Angola, que foram assinalados no passado dia 19 de Maio. Porém, outro elemento importante, mais do que a relação entre as duas nações, ou seja, mais do que a relação entre políticos e governantes, é a relação entre os povos, os afectos, o respeito pela cultura, a valorização do outro enquanto ser humano.

A história da conquista da independência dos EUA é bastante reveladora, começando pelas motivações da luta, inspirações e valores democráticos que legaram ao mundo. A luta pela conquista, defesa e manutenção das liberdades, a Constituição elaborada em 1787, com o célebre «We, the People» (nós, o povo), já estabelecendo os princípios fundamentais da igualdade e da liberdade, sendo também pioneira na consagração da divisão de poderes em Executivo, Legislativo e Judicial.

Para além da breve abordagem sobre a independência, saímos de 1776 e parámos em 1993, para falar da normalização das relações diplomáticas entre os dois países. Apresentámos listas de embaixadores que chefiaram missões em cada um dos Estados, bem como os secretários norte-americanos que visitaram Angola. Outro elemento importante que a presente edição traz é a entrevista concedida por José Patrício, o primeiro embaixador de Angola nos EUA, que, actualmente, está à frente da nossa missão diplomática na Turquia. Trata-se de uma entrevista abrangente, com história e para a História.

Naquilo que são os afectos e sentimentos, valorizamos o lado humano. A história do famoso tenor angolano Nelson Ebo, que vive hoje nos EUA e que tendo ido para cantar, acabou por se encantar pela jovem americana Emily. Este jovem casal e os dois filhos resultantes do casamento são um exemplo de cumplicidade, integração e união cultural.

A arte e o engenho fizeram que tivéssemos recuperado um cartoon de 1993, feito pelo nosso colega Sérgio Piçarra, numa altura em que se vivia uma grande euforia e expectativa em vários círculos políticos, sociais e mediáticos por causa do reconhecimento feito pela Administração Clinton. Por último, e não menos importante, trazemos a história de um profissional que, com 25 anos de trabalho, tem sido a principal ponte entre os jornalistas angolanos e a Embaixada dos EUA em Luanda. Trata-se de Phil Nelo, que merece também o nosso reconhecimento.