Em Moçambique, recentemente e, após uma avaliação do potencial de exploração e uma avaliação do relatório da fase de pré-viabilidade do Estudo de Impacto Ambiental (EIA), a petrolífera Sul-Africana SASOL renunciou a sua licença de pesquisa de hidrocarbonetos ao largo da costa de Moçambique em dois importantes blocos localizados na província de Inhambane no Sul do país.

Os blocos, situados a Este e Nordeste do Parque Nacional do Arquipélago do Bazaruto, primeira área de conservação marinha de Moçambique, e cuja pesquisa abrangia, igualmente, a província de Sofala mais ao Centro do país, foram alvo de duras críticas de organizações ambientais da sociedade civil que repudiavam a implementação do projecto, alegando factores ambientais que afectariam, sobremaneira, as comunidades piscatórias da região.

O discurso ambientalista tem sido apropriado pelas comunidades das regiões afectadas como uma forma de ressignificar o seu território e para impor um modelo socialmente legitimado de gestão do território que possam manter ou preservar as suas actividades piscatórias no mar que corriam risco de ser severamente afectadas pelas perfurações e actividades sísmicas que estavam planificadas para a pesquisa de hidrocarbonetos, gerando dúvidas sobre a sustentabilidade das comunidades abrangidas.

(Leia este artigo na íntegra na edição semanal do Novo Jornal, nas bancas, ou através de assinatura digital, disponível aqui https://leitor.novavaga.co.ao e pagável no Multicaixa)