A contracção de empréstimos por parte do Governo para financiar investimentos públicos é uma parte essencial do conjunto de ferramentas macroeconómicas de qualquer país. Nas últimas duas décadas, os países da África Subsariana têm recorrido muitas vezes esta opção, melhorando significativamente os resultados do desenvolvimento humano. Por exemplo, entre 1990 e 2015, a esperança média de vida aumentou, as taxas de mortalidade infantil registaram uma redução para metade, o número de matrículas no ensino secundário aumentou e as lacunas a nível das infra-estruturas diminuíram. Estes e outro tipo de benefícios seriam impossíveis sem o dispêndio pragmático dos recursos provenientes de empréstimos.

Porém, este progresso pode estar ameaçado se as tendências actuais da dívida em alguns países continuarem. O aumento do encargo da dívida pública de África implica custos com juros mais elevados que desviam recursos da instrução, dos cuidados de saúde e das infra-estruturas. Consequentemente, a dívida pública tem de ser refreada.

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*Director do Departamento para a África do FMI