Convém aqui lembrar que logo a seguir aos primeiros anos de independência, mais concretamente após o ano de 1979, Angola passou a assistir a uma inversão gradual na consolidação do poder político - não ainda necessariamente do modelo político enquanto tal, que se conhecia como sendo autocrático, mas mais do poder enquanto instrumento do exercício político -, que se vai arrastar até 1991, aquando da mudança de regime de um Estado monopartidário para um sistema de representação multipartidária. As decisões políticas, ao longo desse processo (antes de chegarmos ao multipartidarismo), deixaram de ser colegiais, passando a ter um carácter mais unipessoal.

O processo de implantação da democracia no país, assolado pelo conflito armado, nunca obedeceu a uma evolução normal como seria o somatório dos fenómenos políticos da época.

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