Essa polarização, instigada pelas redes sociais, acaba produzindo visões extremistas, reduzindo as que têm bom senso, e visões moderadas a covardes e gente em cima do muro. Como aconteceu nos EUA com Donald Trump ou mais recentemente no Brasil com Jair Bolsonaro, as redes sociais promovem a vulgaridade, o discurso e as atitudes fora da caixa. Entre nós têm vindo a fazer sucesso os casos de gente que resolve despir qualquer coisa. Uns despem as roupas, outros despem-se dos preconceitos e da vergonha e ainda há os que despem a alma, vão às redes sociais falar de coisas que pessoalmente não diriam ou assumir uma frontalidade e um desassombro que em condições normais não teriam. Mais dos que despem a roupa, preocupa-nos os que usam as redes sociais para expor a sua própria e intimidade e a vida privada de outrem. Para além das brigas de casal que acabam com a exposição de fotos e vídeos íntimos do parceiro como forma de humilhação, a prática está a mudar-se para a política e para os diferendos familiares.

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