Pertencendo os detidos à classe de "angolanos de segunda", logo sem nome de família, a sua condição carcerária pouco importava.
Sendo os encarcerados figuras menores, logo cidadãos sem direito a abrir o telejornal ou a fazer manchetes nos jornais, era a "arraia miúda" que, na visão daqueles portadores de "sangue azul" almofadados na galeria do nosso sistema judiciário, não conta(va) para a história.
Esses detidos poderiam apodrecer na cadeia por tempo indeterminado que, para aqueles doutos defensores de uma "justiça igual para todos", não fazem falta alguma à sociedade.
Bastou, porém, que fosse dado um arranhãozito ao "império dos inocentes" para que, sobre a nação, caíssem "o Carmo e a Trindade".
Mas foi bom que a "árvore dos intocáveis" fosse sacudida e dela começasse a cair a podridão de um nojento plantio.
Porquê?
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