"Cinquenta anos depois da Independência, as características sociais mais relevantes são a pobreza, o desemprego na juventude e o desânimo. Nós temos que trazer fé e esperança e é por isso que vamos ser Governo ou parte do Governo", disse Abel Chivukuvuku na abertura do Iº Congresso Constitutivo do PRA JA Servir Angola.
Segundo Abel Chivukuvukiu, este contexto que o país atravessa "é o momento ideal para os angolanos preparem a transição do poder".
"O PRA-JA Servir Angola, que será poder em Angola em 2027 ou parte do poder, é uma organização política que vai servir os angolanos com patriotismo e transparência", acrescentou.
Adiantou que o este partido vai protagonizar uma mudança que vai permitir realizar o sonho dos angolanos que depois de 50 anos da independência nacional continuam a viver "momentos dramáticos".
"Angola terá que evoluir para normas e métodos de governação transparente e responsabilizada na qual a pessoa humana esteja no centro das preocupações da governação e a sua realização seja a razão de ser da acção governativa", disse.
Defendeu também ser crucial que a democracia seja retomada com efectividade e o Estado angolano seja modernizado, optando por modelos de organizaçãoque privilegiem a participação efectiva do cidadão aos mais variados níveis da governação.
O 1º Congresso Constitutivo vai eleger ainda esta segunda-feira, 19, o seu presidente e Abel Chivukuvuku, que é a sua referência fundadora e principal figura, que concorre com Francisco Canga, deverá ser eleito com facilidade.
Segundo a comissão organizadora do congresso, o conclave vai clarificar a problemática da Frente Patriótica Unida (FPU), definindo se se mantém a plataforma política com a UNITA ou não, a preparação dos indicadores estratégicos de governação 2027-2032 e desenhar o plano para ser Governo ou fazer parte do Governo em 2027.
Uma das possibilidades mais evidentes é que, segundo apurou o Novo Jornal, o PRA JA Servir Angola venha a decidir ir a votos sozinho para verificar e demonstrar o seu peso eleitoral a partir do que procurará desenhar o formato da sua ascensão ao poder, coligado ou a solo.
O congresso vai adaptar uma agenda global de obtenção de recursos financeiros para a implementação da agenda política 2025-2027 e da campanha eleitoral.
Refira-se que o PRA-JA Servir Angola foi legalizado em Outubro de 2024, depois de um processo iniciado em 2019, marcado por vários chumbos pelo Tribunal Constitucional.
O PRA-JA Servir Angola integra a Frente Patriótica Unida (FPU) uma plataforma criada nas eleições gerais de 2022, juntamente com a UNITA, e o Bloco Democrático.